quarta-feira, 20 de junho de 2012

A mala – hora do desapego


Arrumar mala não é uma missão fácil para mim. Quanto mais para uma viagem longa, cheia de possibilidades. Me foquei numa bagagem leve, mesma energia que quero para a viagem! Ainda não coloquei na mala (na verdade um mochilão, pois para quem mora na roça mala de rodinha sempre parece street demais, confio mais em algo mais off road), mas tenho a impressão que consegui selecionar bem. Nada muito requintado, nada que não seja minhas roupas, sapatos e coisas preferidas do dia a dia. Desapego total, nada daquele vestido lindo, florido, super a cara da Toscana, mas que eu nunca uso.
Acabei descobrindo que o desapego mais dificil é outro: é a escolha de estar em outro lugar, deixando um monte de gente e eventos queridos pra trás! Aniverśario de 90 anos da minha vó, 1 aninho da sobrinha... meu canteiro de aspargos que até agora só consegui comer um, os morangos orgãnicos dahorta!!! Por favor, quem estiver por Entre Rios ou BH coma muitos morangos por mim! Coma como se tivesse acabado de ser colhido, porque é assim que a gente se esforça para que ele chegue até vocẽ. Aproveita e faz aquela receita da Nydia Negromonte que tá postada nas receitas dahorta, com pimenta e açúcar. Parece exótico mas é perfeito. Serve tanto como sobremesa ou como entrada, melhor impossível. Gosto muito também de deixar os morangos picados com sumo de limão e açúcar por uma meia hora e depois comê-los com iogurte natural!
Nenhuma cereja italiana (hehe) vai substituir a colheita diária dos morangos. É dos trabalhos mais deliciosos que conheço porquê passarinho também adora morango, então tem aquele tanto bicadinho, que só serve pra...comer! Na hora, sem lavar sem nada. Várias vezes já deixei o jantar de lado sem entender porquê não tinha fome e depois lembrar da colheita bem proveitosa da tarde... temos uma teoria na horta que há seres elementais por trás de cada morango, pois é normal não vermos alguns morangos na hora da colheita e quando voltamos lá está ele, madurinho, parece que estava nos pregando uma peça, esperando nossa passagem para amadurecer.
Bom, o exercício do desapego sempre... mas tudo bem, eu estou bem consolada com as cerejas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário