sábado, 3 de novembro de 2012

O vulcão da contagem regressiva

Esta última semana foi no ritmo de fechar os ciclos. Despedidas, malas, presentes. O Brasil tá mais perto a cada dia.

Confesso que os primeiros dias depois do Terra Madre tava meio sem chão. Talvez esta não seja a palavra exata, a verdade é que tinha vontade de retornar àquele mundo. Era estranho não poder simplesmente ir a um lugar e encontrar os produtores do Brasil ou ao stand francês só de manteiga que se tornou minha obsessão no evento...Como eu não comprei uma manteiga de cada que tinha ali??? Só depois me dei conta que eu não havia o contato de todos os expositores brasileiros, que o Slow Food fez um flyer muito legal de todos as fortalezas presentes e que eu gostaria de ter impresso - ainda que exista digital - estas informações! Passou rápido, essa é a verdade. E ficou um gostinho, de que é necessário voltar no próximo.

Mas é difícil pra mim parar e depois de ir a Turim, voltar para a Toscana e no caminho ver pela primeira vez nevar (!) fiz a última viagem na Itália: Nápoles. Uma viagem linda, um lugar especial.

Nápoles é sempre lembrada por ser um lugar perigoso na Itália, onde se deve estar atento à bolsa e essas coisas que sempre fazemos nas grandes capitais brasileiras. Pra mim ficou uma outra lembrança. Além da pizza, uma experiência que precisa ser vivida ali, é forte a presença do Vesúvio, este vulcão, que é ativo, mas dorme... dá pra imaginar um pouco a alma deste povo, que parece ter esta larva dentro, falam alto, brigam, amam intensamente, dirigem como loucos, tudo ao extremo. Mas o mais forte é pensar que vivem do lado de um gigante adormecido, que pode acordar a qualquer momento, e tá todo mundo lá, feliz da vida!

O Vesúvio deixa marcas na vida diária, da areia preta da praia ao tomate cultivado nas terras vulcânicas. Este tomate que é pendurado nas casas em cachos e pode durar todo o inverno tem um sabor único, quente, de vulcão. É com certeza, o melhor molho ao sugo que já provei. Outra iguaria local são os queijos de búfala, tradicionais desta região. A mussarela é sem comentários e para os napolitanos mussarela é sempre deste animal, mussarela feita com leite de vaca não existe, é outra coisa, tem outro nome. Aqui provei pela primeira vez na Itália o provolone. E agora este queijo está junto com a ricota na lista dos queijos que precisam ser re-conhecidos no Brasil! Primeiro lugar: provolone é feito com leite de búfala, é a mussarela defumada. Mas não é defumada demais, como os nossos provolones que são secos por dentro, por dentro ela ainda é úmida, se pode sentir a massa filada e por fora uma leve crosta. Dos deuses.

Aqui 3 preciosidades napolitanas: espaguete, tomate do vesúvio e provolone! De comer ajoelhado, como diria minha madrinha!

Agora, é fechar a mala e ver o que me espera em Lisboa...

Ops, talvez eu apareça antes com notícias do aniversário!

3 comentários:

  1. parabéns pelo aniversário hoje, cinco de novembro, TT... que haja muitas ótimas viagens programadas para você! Beijos da mãe e do pai.

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  2. Ei teresa,

    Parabéns atrasado pelo aniversário!Que essa nova fase seja como sua Odisséia: cheia de descobertas, alegrias e conhecimento!
    Hum que DELÍCIA esse espaguete heim...
    Pois é, meu lado rato saliva quando lê sua descrição dos queijos...
    Tudo de bom em Lisboa, e compartilhe conosco muitas fotos e receitas.
    Paz e muita Luz,sempre!
    Lilian

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  3. grata, grata, grata

    sou só gratidão ;)

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